15.5.05

de repente, num rompante

manhã de outono...
acordo, respiro fundo... e percebo que algo mudou!
havia acabado... tudo, até a raiva...
ficou pra trás... perdido n'alguma lágrima, n'alguma curva do caminho...
n'algum lugar, esquecido... abandonado, sem deixar nenhuma saudade...
não há como ter saudade do que não existe!
respiro fundo e não há vazio... nem dor, nem culpa...
e se meus olhos falassem, gritariam de alegria... eles vivem!
e se minha pele calasse, sorriria misteriosamente silenciosa... no arrepio de calar no sorriso o novo... a vontade de outra boca, novo gosto de gostar!
fica assim... no óbvio circular das canções o novo verso!
acordes para acordar a alma que dança...
fica assim... no cheiro do vento, o velho que vai...

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