21.1.07

domingo de tédio!!

domingão chuvoso e a gente fica procurando o que fazer, então entra naqueles sites de testes idiotas e fica fazendo um monte deles.... hauhahaua
mas, alguns dão certo e revelam o óbvio: EU NASCI PRA SER PRINCESA!!! olhem ai mei par perfeito... eu sabia, eu sabia....




hunf, o link num tá funcionando! snif...
deixando de lado a surpresa, meu par perfeito: PRÍNCIPE WILLIAN!!!

preciso fazer o curso de inglês britânico via internet... retiro o que eu disse ontem ao ailton sobre as expressões rídiculas... kkkkk.... adoro chamar escadas de "apples and pears", soa tão... chic! rs... rs... rs.....
e essa chuva? não vai parar? bem, vou voltar aos textos sobre paraty...

bye, see you, baby!!

18.1.07

Diário de Bordo da Mostra Rio-São Paulo de Teatro de Rua - Paraty/RJ - PARTE II

III Ato - segundo dia (depois de quase não dormir!!)

acordei as nove... meio tralalá ainda... e tínhamos que mudar de quarto na pousada... ainda bem que o má arrumou minha mala! hehehe... fui acordando devagar... e depois do café da manhã já estava nova em folha! e lá vamos nós para o lançamento da coleção de teatro brasileiro, da Hamdan Editora, com soraya hamdan e sérgio roveri... o bate papo foi tão bom que avançamos o horário! sérgio é ótimo, encantador... só que nessas, perdemos o espetáculo do themilton! ah, o beto e o lucas chegaram e foram direto de mochila e tudo pra casa da cultura ? surpresa!!
almoço: feijoada no CEMBRA... tradicionalíssima! um ótimo momento pra conversar com o pessoal e continuar o clima bom do barco... (momento íntimo: o beto me emprestou a escova de dentes dele! huahuauaua) e pra digerir a feijoada, arriscamos um passeio ao forte... e graças ao fernando, nosso querido guia, seguimos uma trilha para uma praia maravilhosa... se não fosse os borrachudos... rs.. rs.. brincadeira, o passeio foi ótimo!

15h, conferir a participação especial do caminhão do ziraldo... depois, o espetáculo do grupo milongas, do rio... casa verde, uma leitura do alienista de machado de assis, com pesquisa de espaço... eles montaram tudo na praça da matriz, mas a chuva... tinha que cair bem no meio do espetáculo?! eu cheguei a conversar com o diretor quando a chuva ficou mais forte, por que vi que o grupo tinha instrumentos musicais que não podiam molhar, mas o diretor respondeu: o público está na chuva querendo ver o espetáculo, então, vamos continuar... huuhuhu.. achei heróico, mas é que são somente seis no elenco, se fossem dezenove... hauauuahuahua (piadinha interna, só pra quem leu os posts de curitiba!!)... o espetáculo terminou numa roda de ciranda, muito legal... e ao final, fiquei conversando com a galera de santos sobre as políticas culturais pro interior paulista... apresentei pra eles o Zéca Bassão (estátua viva)... e fui comprar o sagrado sorvete antes do próximo espetáculo! (gentem, esse sorvete é imperdível!!)
chovia muito... eu já estava congelando de frio... tinha saído de shorts.. então, um gentil cavalheiro me emprestou seu moleton azul, enquanto um maluco me algemou ao má e queria que a gente pagasse 10 reais pra mostrar como soltava... eu disse pra ele desencanar porque dalí eu ia pra um encontro com o povo de circo e, eles me ensinavam... rs... rs.... enquanto isso, meu sorvete derretia na mão do marcos... fala sério?!
depois de esperar um pouco (por causa da chuva), finalmente começou o espetáculo: kátia mocoronga... esse eu esperava ansiosa... hehehe... o mais engraçado é que os mocorongos (os moradores das praças de paraty) foram chegando e ficando... e no olhar a gente via que se identificavam... não vou ficar explicando porque, está no comentário sobre o espetáculo logo abaixo! hehehe... e depois de mocorongar... um momento sublime, exibição do filme: a mochila do mascate, um documentário sobre um homem do teatro: Gianni Ratto e o mais impressionante, não foi o filme... mas sim, ouvir um sujeito maltrapilho, sujo e cheirando a cachaça cantando Gota D'Água e reconhecendo Cacilda e tantos outros monstros sagrados do teatro brasileiro... as coisas estavam mudando naquela tenda... e muita coisa mais estava por vir... o FarsaCena que o diga!!
Pedido de Casamento, do meu querido e amado, salve! salve! idolatrado Tchékhov... texto que pede palco italiano, realismo psicológico... hum, na rua?! preciso dizer que esperava ansiosamente por esse espetáculo também?! aconteceu que, mal robson sanches pisou na tenda, uma senhora indigente entrou em cena e dalí, só saiu após os aplausos AO FINAL DO ESPETÁCULO!!! o robson é louco, e o resto de elenco idem... quando o marcos entrou, disparou: não sabia que sua tia estava em casa! berta dizendo: quieta titia, deixa que eu resolvo isso!! hauhauuauahu - inexplicável... só quem viu sabe o que foi!! (putz, tô adiantando o texto aí de baixo!!!)

a noite de apresentações foi fechada por são paulo (aeeeeee)... manicômicos em Perfeição ? Quando a Tempestade Nasce das Luzes.... bem, também está logo abaixo os comentários, ok?!
a noite estava gostosa, depois da chuva a temperatura ficou ótima, então o programa foi ficar jogando conversa fora... com aquele figura do willian, zoando todo mundo... o fabião tirando os palhaços... vixi... muita piada interna! hehehe... pra variar, cheguei na pousada 5h30 da manhã... aff.... mais uma noite de poucas horas de sono... se eu contar pro povo de araraquara, ninguém vai acreditar!!
(segue abaixo os comentários sobre os espetáculos do segundo dia!)

12.1.07

Pedido de Casamento com Cristina


Pedido de Casamento (FarsaCena, Rio de Janeiro/RJ)

As peças longas de Tchékhov possuem personagens de universo interior intenso que deixam transparecer suas frustrações nas entrelinhas, nas famosas pausas tchekhovianas, ou em diálogos com interlocutores incapazes de proferir julgamentos. Pedido de Casamento integra o rol de peças curtas do autor, com estrutura de vaudeville, ao invés de mostrar esse mundo interior de maneira sutil, transforma-o em situações engraçadas, mas não menos angustiantes. Assim, acompanhamos a torturante jornada de Vassílievitchi (Marcos Figueiredo) tentando, sofridamente, pedir a mão de Natália Stepanovna (Beta Machado) em casamento. Mas, não é aqui que começa a peculiar história dessa apresentação. Quem, de antemão, achou estranho ver um Tchékhov na rua, imagine-o reescrito por uma personagem de inocência etílica que entra em cena e não a abandona até o aplauso final?! Foi o que aconteceu ao Grupo Farsacena: no momento que o ator Robson Sanches adentrou o espaço cênico para dar início ao espetáculo, Cristina, uma figura errante naquelas paragens, tomou lugar ao seu lado, participando no prólogo. Robson, generosamente, passou a contracenar com aquela mulher... O tempo se estendia e, Vassílievitch chega a casa dos Lubov comentando ao entrar: "Não sabia que sua tia estava em casa!" e, dessa maneira, Cristina é integrada ao jogo... e para surpresa de todos, inclusive do elenco, joga e acredita pertencer àquela cena. Sua risada arranca gargalhadas da platéia e o elenco tem que improvisar, contornar o texto, recriá-lo. Assim, Beta Machado, num momento onde sua paciência com o vizinho se esgota e, tendo Cristina tentando interferir no texto, ordena decidida: "Deixa, titia, isso agora é comigo". Vassíelievitch, apela para a ofensa familiar: "Toda a sua família é maluca" - apontando Cristina! Assim, tudo ganha um novo significado e a platéia tem a dois espetáculos: o primeiro ensaiado e construído com esmero, e em linha paralela, outro, criado no ato, à vista de todos. Um encantava pela forma e elaboração das personagens, o outro pelo despojamento e humildade dos atores. Quase inacreditável para quem assistiu, inesquecível para quem atuou. E aí temos um Tchékhov reescrito pelo acidente e pela coragem dos atores, aí temos aquela personagem que migrou das peças longas, aquela que ouve e compactua com o universo interior, mas não interage ativamente. Cristina funcionou como muro de lamentações reforçando as entrelinhas de Natália quando o futuro noivo tem um ataque de nervos e cai duro no chão, reforçou o desajuste da família Lubov e fez de Vassílievitch mais vacilante. E só podemos gritar: Bravo, FarsaCena!! pelo carinho com a rua, com os da rua! Bravo, pela criatividade e por nos ensinar que espetáculos são construídos por respeito e amor. Evoé!! E com certeza Tchékhov diria: É isso!

8.1.07

Kátia Mocoronga apresenta "Gambiarra"

Kátia Mocoronga apresenta "Gambiarra" (Sociedade de Arte Dramática, Rio de Janeiro/RJ)

Um delicado trabalho de clown da atriz Raquel Aguilera expõe a vaidade inerente no ser humano. Uma mulher, no seu dia-a-dia, acordando e sonhando com os sedutores produtos de uma sociedade consumista; contudo, não estamos falando de uma mulher qualquer, nem de um clown qualquer; Raquel parte do feio, do fora de moda, do cafona, cria sua palhaça com a cara do morador de rua, que vive entre quinquilharias... de forma grotesca, a mocoronga leva seu dia-a-dia, fazendo sua ginástica matinal ao som de um programa de rádio, onde também aprende suas receitas e dicas de beleza. Tentando copiar gestos finos, toma um chá com um galã de pôster de revista, com quem mantém um romance imaginário, aliás, um triângulo amoroso onde a rival, também musa de revista, ameça seu idílio. No cotidiano dessa figura, acontece de tudo o que se pode considerar kitsch, Raquel pesquisou e encontrou pérolas do mundo mocorongo e suas gambiarras: até a antena do rádio com uma panela de alumínio para ajudar a captar o sinal (o famoso drama da palha de aço na ponta da antena), figura nesse cenário. Noutros momentos, verdadeiros achados no lixo transformam-se nos sonhos da mocoronga, como uma fita de vídeo usada com a imponência de uma bolsa grife e um cd que se transforma em um singular colar.Então, aconteceu: enquanto o universo de Kátia Mocoronga se desenhava na tenda de espetáculos, os mocorongos das praças de Paraty iam encontrando, ao refugiar-se da chuva, uma igual, alguém que contava uma história familiar, próxima de seus mundos e no olhar desfocado que brilhava, via-se: eles se identificavam! Com a arte de Raquel Aguilera, surgiu na mostra de teatro de Paraty, um fenômeno que até agora permanece inexplicável, inatingível na sua dimensão: a rua invadiu o teatro de rua, os socialmente excluídos encontraram na arte, uma forma de igualdade e um lugar comum onde poderiam ser aceitos! Afinal, é na arte que comunga-se as ânsias do homem, e somos todos homens vítimas de nossos desejos! Desejo de ser amado... cedendo a ditadura da beleza, do consumo, às vezes, vivendo de gambiarras e, noutras, parecendo mocorongos...

5.1.07

Casa Verde

Casa Verde (Grupo Milongas, Rio de Janeiro, RJ)

Praça da Matriz, local escolhido pelo Grupo Milongas para apresentação do espetáculo Casa Verde. Um grupo de atores em pernas-de-pau, recebe os que chegam e chama a atenção dos que passam, informado-lhes que ali haverá um espetáculo de teatro! Com bom humor, anunciam o tempo que resta até o início da apresentação e permitem a um dos espectadores que vá até o bar na esquina buscar um café, afinal estamos na rua e todos têm a liberdade de ir e vir! Todos riem e aguardam o terceiro sinal e, com ele, um convite a mergulhar no universo de Machado de Assis. Sim, Machado de Assis! O grupo Milongas leva para a rua a história d'O Alienista e conduz o público em uma viagem pelos meandros do inconsciente. Escolha audaciosa: a complexidade do autor se apresenta, logo de início, como um grande desafio à linguagem da rua, e só um trabalho árduo, horas de estudo e outras tantas horas de criação poderiam gerar um espetáculo que fizesse jus a sua grandeza. E parece que os meninos não pouparam esforços para criar um espetáculo digno e belo. Do colorido e alegre, o público é atirado na escuridão das dúvidas de Simão pelas mãos de dois "loucos", narradores e fio condutor da trama! Um deles, Maria Maluca, ludicamente conversa com um ovo, que embala como se fosse seu filho e assim, introduz os presentes numa questão quase metafísica: alguém sabe o que é ser normal?! No desenrolar dos fatos, um momento de lucidez poderá custar essa relação de carinho que ela mantém, atirando-a a solidão e voltamos a questionar: que preço pagamos pela normalidade?! Dúvidas que rondam a casa verde!

Criado a partir de trabalho colaborativo, o espetáculo apresenta um elenco coeso, intimamente ligado entre si e com a estética escolhida. As movimentações são limpas, ocupam todo o espaço determinado para a encenação e dá conta da imensa roda formada, que vai se distanciando quando a chuva resolve ser a protagonista. O público afasta-se apenas para se esconder em baixo das árvores, acomodar-se melhor, mas continua atento, ligado na história. As interpretações, fortes e marcantes, não perdem o brilho com a insistência da chuva; em respeito, paixão ou sei lá qual palavra poderia traduzir o que houve ali naquela praça, talvez dedicação! os atores permanecem em cena, fiéis a suas atuações e aos que os assistem, como se nada pudesse colocar-se entre eles e seus interlocutores! E seguem, questões, dúvidas, momentos cômicos outros tensos, e nesse ir e vir de sensações e pensamentos, nesse limiar entre ser e estar, sanidade e loucura, a história que Maria Maluca e Mestre Joaquim contam, mistura-se com a história de cada um. E cada um, aceita sua história embaixo da chuva, lavando suas almas! Rindo e chorando! E depois da porrada na boca do estômago, vem o afago: os espetáculo termina numa grande roda de ciranda, onde troca-se mais que energias, troca-se carinhos! E naquela momento único na Praça da Matriz, nesse fazer efêmero que é o teatro, todos têm o que comemorar: foram guerreiros leias, que não abandonaram o campo de batalha, apesar da chuva que insistia em cair...


2.1.07

Perfeição - Quando a Tempestade Nasce das Luzes

Perfeição - Quando a Tempestade Nasce das Luzes (Manicômicos/SP)

São Paulo: programas de fomento, editais públicos, organização e mobilização da classe teatral e, para completar esse caldo, um dos grandes centros de formação no fazer teatral, onde emergem discussões, teorias e o interesse por uma definição de um teatro DE rua (ou NA rua, ou DA rua, ou PARA a rua, ou ainda, teatro COM a rua... e aí está a polêmica que parece despertar mais e mais embates teóricos!). Atores, diretores e professores buscam levantar a discussão e integrá-la aos centros de formação! Vindos dessa efervescência, a Cia. Manicômicos com seu intrigante espetáculo: Perfeição - Quando a Tempestade Nasce das Luzes... Intrigante já pelo nome, forte e quase apocalíptico! Logo nos primeiros momentos, quando os atores chegam num cortejo em tom fúnebre, quebrando-o, em seguida, com um canto alegre onde formam a roda que delimitará o espaço cênico, se pensa: esses meninos sabem que estão fazendo! É um espetáculo com a cara de São Paulo, não só pela temática, mas pela intelectualidade manifesta em fórmulas bem aplicadas: o cortejo, a roda, as frases iniciais repetidas e marcadas com nuances e partituras, jogos de gestos e ritmos na fala, para que o público tenha sua atenção conquistada e não perca nada da introdução da história a ser contada... (afinal, é assim que se vende o peixe! ops, a história!). Tudo, dentro de um trabalho esmerado de pesquisa e executado com maestria! Bem o que essa capital vem buscando! A temática é atualíssima: uma cidade que cai vítima da sua busca pela tecnologia e as facilidades que dela advém. Só que engana-se quem pensa que tudo isso é tratado com peso e densidade... Aliás, se fosse assim, o grupo estaria pecando por não tornar popular o tema. O humor, também é recurso para dosar a narrativa e a crítica, se manifesta através de ironias e exageros... Assim, é o mesmo ator que faz todos os personagens que ao longo da história morrem vítima de uma misteriosa doença, que aos poucos devasta toda a cidade, levando a platéia a gargalhadas cada vez que um habitante sucumbe... haja criatividade para se morrer tantas vezes! Ao ouvir a expressão, morreu!! todos choram de rir e esperam, de olhar atento, o ator em mais uma queda... A situação da cidade, então, vai se tornando patética ante os olhos do público. E os Manicômicos arrancam longos e entusiasmados aplausos da platéia!


1.1.07

fechando a lojinha!!

bem, nas minhas reflexões de ano novo, aquelas das listinhas de coisas a fazer e etc... lembrei que ano passado, me vesti de vermelho da cabeça aos pés... queria me apaixonar muuuuuito!
pois bem, fim de ano e a lista de gatos lindos e interessantérrimos que eu dispensei é de dar inveja!!.. descobri que a única pessoa por quem eu queria me apaixonar era eu mesma...
e missão cumprida, terminei o ano apaixonada por mim, pela minha família, pela vida...
neste reveillon, usei branco!
feliz 2007!!